Dia Internacional da Internet Segura: uma data cada vez mais pertinente

Os riscos associados à Internet saltaram, nos últimos tempos, para o topo das ameaças que mais preocupam particulares, empresas e Estado. Todos os anos, desde 2004, celebra-se o Dia Internacional da Internet Segura, que este ano acontecerá a 8 de fevereiro. Começou por ser uma iniciativa europeia mas é hoje celebrado em mais de 200 países em todo o mundo.

As celebrações, que decorrem sempre em fevereiro, têm por objetivo lembrar a importância da segurança na Internet, alertando para os perigos e lembrando as medidas que todos podem tomar com vista a uma utilização mais segura e responsável desta importante ferramenta do mundo moderno.

Neste ‘Safer Internet Day’, pretende-se consciencializar para a importância da segurança na Internet, em particular junto das populações mais jovens. Em Portugal, as iniciativas não vão cingir-se ao dia 8, estando previstos vários momentos de consciencialização durante todo o mês de fevereiro. O principal público-alvo serão as crianças e jovens e a sensibilização para a segurança online far-se-á não só diretamente com os próprios, mas também junto da comunidade escolar. Pais e professores serão, por isso, também destinatários das várias iniciativas.

O cyberbullying, as redes sociais e a identidade digital são algumas das temáticas discutidas neste evento anual, cujos objetivos têm vindo a ser ajustados à medida que também se alteram as ameaças relacionadas com o uso da Internet.

Decisores políticos e organizações da sociedade civil são também encorajados a fazer parte desta iniciativa, O mesmo se aplica às empresas e aos seus responsáveis, não só por via da promoção do evento, mas igualmente através da criação e promoção de conteúdos positivos e de serviços para uma utilização segura das suas plataformas digitais, sobretudo por parte das crianças e jovens.

A Comissão Europeia recorda que a Internet é uma ferramenta poderosa e plena de oportunidades – tal como ainda recentemente a pandemia o veio lembrar – mas também comporta riscos. E que é, por isso, fundamental que todos se unam “para tornar a Internet um lugar melhor e mais seguro para todos, especialmente para crianças e jovens”.

Os cuidados nunca são demais

São vários os cuidados a ter para assegurar uma navegação na Internet tranquila e sem sobressaltos, não só no uso pessoal como em contexto profissional. Sendo certo que as empresas devem estar protegidas e preparadas para se defenderem de ataques informáticos e outro tipo de ameaças à segurança dos dados e da sua atividade, cada profissional deve também adotar uma atuação responsável.

Ter passwords fortes e seguras, mudá-las com regularidade (pelo menos de seis em seis meses) e evitar repeti-las em mais do que uma conta são algumas das precauções a ter. No recurso ao comércio eletrónico, é fundamental que se tenha a certeza que se está a fazer comprar em sites seguros e, preferencialmente, em computadores pessoais e não no trabalho. Ter os programas de antivírus e restante software sempre atualizados, evitar o uso de redes de wi-fi públicas, ter especial cuidado com downloads ou links vindos de fontes menos seguras e fornecer, por defeito, o menor número de dados pessoais possível e apenas a instituições fidedignas e proteger a sua rede wi-fi com uma password segura são igualmente boas práticas.

Em 2020, foram registados, só nos EUA, quase 800 mil queixas por suspeita de cibercrime, mais 300 mil que no ano anterior, tendo a pandemia contribuído para esse aumento. O phishing, a não entrega de encomendas pagas e a extorsão foram os principais tipos de crimes observados.

A crescente digitalização das sociedades faz com que seja de esperar que os ataques informáticos aumentem em termos de frequência. Para além do número de ocorrências, também a sofisticação e o grau de danos causados são e será tendencialmente cada vez maior.